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Ciclo de Formação em Educação Popular começa com reflexões sobre educação em tempos de emergência

Na última sexta-feira, 50 pessoas, incluindo gestores e colaboradores da Fundação Fé e Alegria do Brasil e de outras obras da Rede de Promoção de Justiça Socioambiental da Província dos Jesuítas do Brasil, participaram do primeiro encontro do Ciclo de Formação em Educação Popular: Fronteiras e Territórios.

 

Iniciativa da Fundação Fé e Alegria do Brasil em parceria com o Centro de Promoção de Agentes de Transformação (Cepat), o Ciclo tem por objetivo contribuir na formação  de educadores(as) e colaboradores(as) da Fundação, a partir de princípios da educação popular, da ecologia integral e de valores democráticos.

 

Em sua fala de abertura, o diretor-presidente da Fundação Fé e Alegria, Pe. Alexandre Raimundo de Souza, SJ, ressaltou que o movimento de educação popular vai ao encontro das pessoas mais vulneráveis. “Esse movimento gera processos educativos, mas também gera oportunidades, para que as pessoas, neste encontro de saberes, possam construir não é só para si, mas também para a comunidade. Esta educação não se faz somente dentro da escola, mas vai para além das paredes”, comentou.

 

A educação em tempos de emergência

 

Uma abordagem sobre a educação em tempos de emergência foi o tema do primeiro módulo, conduzido por André Lager, integrante do Cepat e professor da Faculdade Vicentina (Favi), e por Jonas Jorge da Silva, coordenador do Cepat.  

 

“As reflexões giraram em torno dos principais desafios enfrentados hoje, tendo presente a tarefa dos educadores populares em resistir na escuta e no diálogo com a comunidade”, conta Jonas. “Onde sua realidade, como a realidade atual, nos interpela? Como podemos sair do ciclo vicioso da concorrência, da aceleração do tempo e do individualismo para aproveitarmos o tempo oportuno? Acolhendo a recomendação do Papa Francisco, entendemos que ‘três Is’ são fundamentais para a educação popular hoje: a inquietação, a incompletude e a imaginação. Só assim o educador popular conseguirá estar atento à realidade que o circunda e ter uma prática fecunda. O encontro de hoje aproximou distâncias, despertou corações e reforçou a importância da formação do trabalho em rede e do cultivo dos jardins de nossas vidas.”

 

A coordenadora Pedagógica Nacional de Fé e Alegria, Mariângela Risério D’Almeida, ressaltou a posição de Fé e Alegria frente a essa realidade: “Vivemos uma época de muito individualismo, que se contrapõe frontalmente à proposta de Fé e Alegria, que é uma proposta de resistência, que fortalece o comunitário coletivo. É uma proposta democrática, na qual as conexões comunitárias são muito importantes, a participação de cada um é muito importante”.

Uma experiência transformadora

 

Um dos participantes do curso, Luís Eduardo da Silva, coordenador Pedagógico da Escola Família Agrícola de Jaboticaba (EFA), relatou o encontro como uma experiência transformadora e cheia de reflexões profundas e troca de saberes. “As dinâmicas e o conteúdo abordado ampliaram minha visão sobre a educação popular, trazendo conceitos e práticas que, com certeza, vou levar para minha atuação. Estou empolgado com o que vem pela frente e ansioso para os próximos encontros, que prometem ser igualmente enriquecedores!”

 

A professora da Escola Municipal Fé e Alegria, de Ilhéus (BA), Cosmerina de Souza de Carvalho, também ressaltou a importância do encontro. “Gratidão pela tarde rica em conhecimento, que nos leva a refletir sobre a nossa prática, a fim de possibilitar a formação de uma sociedade mais justa e humana”.

 

O Ciclo de Educação Popular Fronteiras e Territórios seguirá até junho, com encontros mensais. Os participantes que tiverem 75% de participação serão contemplados com um certificado emitido pela Universidade Estadual de Maringá (UEM).

 

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