por Ir. Pedro Ernane Gomes, SJ, assessor de direção da Fundação Fé e Alegria do Brasil
A experiência de participar do Encontro Nacional de Fé e Alegria, realizado em Brasília de 25 a 29 de novembro, me fez perceber o quanto é rico, diverso, inspirador e desafiador o trabalho realizado pelo Movimento, sendo um farol de luz em meio à escuridão. Experienciei, também, uma nova forma de fazer educação popular, focada nas dimensões política, ética, social e pedagógica. Sendo assim, mais do que partilhar das temáticas que foram trabalhadas, discutidas e refletidas, na perspectiva de pensar uma gestão mais participativa e colaborativa, senti uma espiritualidade pujante, por meio das místicas e celebrações, que perpassou todo o encontro.
Assim, entre cruzamentos de caminhos, pude encontrar olhares verdadeiros de pessoas que buscam, desejam e sonham com um mundo mais justo e solidário, que se concretiza no Magis inaciano. Foram momentos de muitas trocas de experiências, de escuta, de sentir e saborear as coisas internamente.
Destaco também, a partir das falas dos participantes, a missão de servir ao próximo, que queremos seguir junto aos pobres, de promover a justiça social e a mudança das estruturas econômicas, políticas e sociais, geradoras de injustiças, como dimensão necessária para a reconciliação dos seres humanos, com a natureza e com Deus.
É exatamente em pequenos gestos simples que o amor se revela. Mãos que ajudam, sorrisos que curam. Assim, construiremos juntos pontes, e não muros. Nós, educadores de Fé e Alegria, estamos atentos às vozes dos necessitados, que clamam por justiça. Os que ocupam os lugares mais desfavorecidos deste mundo estão presentes nos nossos programas, projetos e planos apostólicos.
Por fim, ficou mais evidenciado que nossa missão, de Fé e Alegria, é um chamado para educar, empoderar e transformar vidas, no qual sonhos são renovados e realizados, e, assim, encontramos o divino no outro.
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