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Efaj mostra a famílias de comunidade quilombola que é possível empreender com produtos locais

Mel saborizado com amendoim e licuri, biscoito de banana com recheio de maracujá amarelo, geleia de cajá, brigadeiro do fruto do mandacaru, iogurte artesanal saborizado com o fruto da palma. Esses são apenas alguns exemplos de alimentos produzidos em uma feira da agricultura familiar realizada pela Escola Família Agrícola de Jaboticaba (Efaj), unidade de Fé e Alegria em Quixabeira (BA), no último dia 15, com moradores da Comunidade de Camboeiro, no município de Capim Grosso (BA).

 

O objetivo foi partilhar saberes com a comunidade Quilombola sobre as possibilidades de uso de tecnologias sociais voltadas para o desenvolvimento de produtos alimentícios da agricultura familiar. A feira fez parte do Projeto Meios de Vida de Fé e Alegria, que busca apoiar pessoas em situação de vulnerabilidade na conquista da independência financeira.

 

Os produtos apresentados na ocasião foram desenvolvidos pelos estudantes, que criaram, além dos alimentos, itens como pomada a base da planta terramicina, inseticida biológico para pulgões de fruteiras, óleo extraído da moringa para fins de hidratação da pele, produção de cúpulas para a produção de abelha rainha e cera para a produção de mel. 

 

No evento, os educadores e estudantes da Efaj também falaram à comunidade local sobre a importância dos produtos locais para a economia circular, favorecendo o desenvolvimento econômico e um melhor uso dos recursos naturais, uma vez que o que for produzido pela família pode ser usado para consumo próprio e o restante, comercializado. 

 

De acordo com Iracema dos Santos, diretora da Efaj, o momento foi muito especial tanto para a comunidade, quanto para os estudantes. “A contribuição foi muito grande no sentido de fortalecer a identidade daquele povo. Eles ficaram muito felizes de participar e se sentiram valorizados”, comenta. 

 

Ela ressalta, ainda, a importância do evento para fazer valer a função social da Efaj: “Nossa Escola não existe só para formar indivíduos, mas também para mostrar que é possível produzir, se organizar e trabalhar coletivamente, além de reafirmar nossa identidade de homens e mulheres do campo, que podem produzir a partir do campo, entendendo que o campo tem muitas possibilidades”.

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