No dia 04 de outubro, 56 colaboradores de Fé e Alegria de todo o país se reuniram virtualmente para participar do 1º Encontro Nacional de Ecologia Integral da Fundação. O evento foi organizado pelo Comitê da Casa Comum, formado por 22 pessoas de diversos centros da instituição e organizações parceiras, com a missão de promover a implementação do Plano de Ação Nacional de Ecologia Integral.
“O grito do planeta é um grito de descontrole, que por vezes afeta principalmente as pessoas em situação de vulnerabilidade”, disse Pe. Alexandre Raimundo de Souza, SJ, diretor-presidente de Fé e Alegria Brasil, durante a abertura do evento, chamando a atenção dos participantes para a importância da temática da ecologia integral para Fundação.
Realizado ao longo do dia, o Encontro teve dois momentos abertos a todos os colaboradores. No primeiro deles, dom Vicente de Paula Ferreira, bispo de Livramento de Nossa Senhora (BA), proporcionou um diálogo profundo e enriquecedor sobre suas experiências no campo dos Direitos Humanos e da Casa Comum.
Dom Vicente trouxe provocações instigantes, que ampliaram a reflexão dos participantes acerca da importância da ecologia integral para a transformação social. Para o bispo, é urgente pensar e debater sobre o tema: “As questões destrutivas deste nosso planeta não são uma realidade simples de ser compreendida. É preciso muita leitura, muita discussão, muito debate, e acreditar que o pensamento e o sentimento humanos têm uma força transformadora”.
Boas práticas de Fé e Alegria
O segundo momento aberto a todos os participantes trouxe a partilha de boas práticas de ecologia integral da Fundação. Uma delas foi apresentada pelo coordenador regional de Fé e Alegria no Espírito Santo, Vilmar Burzlaff, que falou sobre o trabalho realizado pelo Centro de Educação Técnica e Ambiental Fé e Alegria, em Laranja da Terra (ES).
Em especial, detalhou o projeto Nossas Matas, que desenvolve atividades de educação ambiental por meio de visitas guiadas ao centro com o objetivo de sensibilizar os alunos de escolas da rede pública e a população em geral, sobre a importância das árvores e da cobertura florestal da região. “A gente não cuida daquilo que não aprendeu a amar, e, para amar, é preciso, antes de mais nada conhecer. É dentro dessa filosofia que pensamos nossas ações”, ressaltou o coordenador.
Outro exemplo apresentado foi o da Escola Família Agrícola de Jaboticaba (EFA), de Quixabeira (BA). A diretora da Escola, Iracema Lima, e o professor Ademilton Barbosa falaram sobre algumas das tecnologias sociais de convivência com o semiárido brasileiro adotadas pela EFA, que são também práticas pedagógicas, utilizadas como laboratórios vivos com os alunos. Uma dessas iniciativas é o projeto de reúso das águas cinzas e escuras, que permite que toda a água usada na Escola seja tratada e reutilizada. “Aqui nós não temos problema com o consumo de água, porque nossa água é toda reaproveitada. O sistema de reúso está se mostrando uma tecnologia revolucionária dentro do semiárido, porque o maior problema da região é a escassez de água”, explica Iracema.
“Ambos os projetos foram exemplos potentes de como a ecologia integral está sendo implementada de forma concreta, contribuindo para o cuidado com a Casa Comum e o fortalecimento das comunidades locais. Esses momentos de troca e partilha foram especialmente significativos, demonstrando a diversidade de ações e o impacto das práticas sustentáveis no cotidiano das pessoas”, ressaltou o assessor pedagógico de Fé e Alegria Pernambuco e integrante do Comitê, José Paulo Teixeira.
Compromisso fortalecido
Além desses diálogos abertos a todos, o Encontro foi composto de momentos formativos, nos quais o Comitê de Casa Comum teve a oportunidade de realizar trabalhos em grupo, focados na avaliação do processo de construção do Plano Nacional de Ecologia Integral e nos próximos passos para a implantação e o acompanhamento desse plano, que será lançado oficialmente no Encontro Nacional de Fé e Alegria Brasil, a ser realizado no fim de novembro.
“O Encontro não apenas proporcionou um espaço para reflexão e partilha, mas também fortaleceu o compromisso de Fé e Alegria com a ecologia integral, apontando caminhos para uma atuação cada vez mais articulada e efetiva em prol da sustentabilidade e da justiça social”, conclui coordenador regional de Fé e Alegria em Roraima e colíder da iniciativa federativa de Ecologia Integral do Movimento, José Alberto Romero Blanco.
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