01/06/2017
“Fé e Alegría é um fato fundamental e majoritariamente feminino.”
Pe. José Maria Vélaz
O dia de 30 de maio foi declarado pela Federação Internacional de Fé e Alegria como o “Dia das Patrícias de Fé e Alegria”. Patricia García foi a mulher que cedeu sua casa para que fosse inaugurada a primeira escola Fé e Alegria do mundo, junto ao Pe. Vellaz, em Caracas, na Venezuela. No entanto, como conta a história, Patricia ficou conhecida como “Patricia do Reyes”. Ou seja, esposa de Abraham Reyes, o conhecido pedreiro que cedeu sua casa para que 100 crianças pudessem estudar onde, anos mais tarde, veio a ser tornar a Fundação Fé e Alegria.
Este é “um dia para recordar e celebrar a presença de milhares de mulheres” que “aportaram a construção desta obra educativa que hoje chega a 21 países e atende mais de um milhão de pessoas”, diz Carlos Frietzen, S.J., Coordenador Geral da Federação Internacional Fé e Alegria.
Abraham dizia que “ela não sabia nem ler nem escrever, mas ainda assim ensinou seus filhos a ler”. “Ela foi uma benção para mim. Me ajudou a fazer a casa. Carregava a água para a mistura desde a planície com uma lata na cabeça, fazia barro e me ajudava a pegar os tijolos”.
Patricia nasceu em 24 de agosto de 1924 em Aragüita, a 90 km de Caracas. Era órfã de pai e mãe, falecida durante o parto, e foi criada com seus primos. Aos 16 anos, já em Caracas, conheceu Abraham, 7 anos mais velho que ela. Em seu primeiro encontro, fizeram uma visita à histórica igreja paroquial de La Pastora, em Caracas. Casaram-se na igreja com o Padre Barnola, S.J. Foi mãe de 13 filhas e filhos biológicos e de mais alguns de criação. Era reconhecida em sua comunidade por sua solidariedade e humildade. “Ela sempre foi muito humilde, simples. Tanto papai quanto mamãe sempre nos diziam que é muito bonita a humildade, que não temos que ser arrogantes.”, conta Nancy Reyes García, filha de Patricia e Abraham.
Honrar a Patricia como personagem importante no nascimento de Fe e Alegria é uma forma de estender a gratidão e o reconhecimento a todas as mulheres que desde o nascimento contribuíram com o crescimento e o fortalecimento do Movimento: as três professoras que assumiram o desafio de abrir a primeira escola, mulheres das comunidades religiosas, educadoras, mães, pedagogas, promotoras sociais, técnicas dos projetos e as mulheres que nos últimos 62 anos marcaram o caminhar de Fé e Alegria.
Para a Fundação Fé e Alegria, declarar “O Dia das Patricias” #PatriciasFeA é “uma iniciativa que gera muita satisfação pois dialoga com nossa Política de Equidade de Gênero para visibilizar e valorizar a contribuição das mulheres” diz Frietzen no que descreve “como um ato de justiça e de direitos e de reinvindicação do papel das mulheres que têm sido invisibilizadas”.
Obra de Promoção Social e Educação Popular da Companhia de Jesus que transforma vidas em 14 estados brasileiros.
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