Em Fé e Alegria, reafirmamos nossa convicção de que uma educação pública de qualidade é fundamental para construir um mundo mais justo e equitativo. Neste Dia Internacional da Educação (24 de janeiro), fazemos um chamado aos ministros e ministras da Educação e autoridades dos 22 países onde estamos presentes, para que reconheçam o papel essencial da aprendizagem e renovem seu compromisso de trabalhar juntos para garantir este direito fundamental.
Fé e Alegria faz hoje um chamado urgente para aumentar o acesso, a permanência e a promoção, assim como a qualidade da educação, para assegurar que ninguém fique para trás, com especial atenção às meninas, mulheres, pessoas com deficiência e pessoas migrantes. Os governos devem tomar medidas imediatas para cumprir seus compromissos, melhorando as condições educacionais, como infraestrutura, conectividade e ambientes seguros, e eliminando as lacunas de aprendizagem.
É essencial defender e fortalecer o investimento em educação pública de qualidade, pois isso estimula o crescimento econômico: cada dólar que um governo investe em educação aumenta o PIB em uma média de 20 dólares. Se todas as crianças e jovens estivessem escolarizados e aprendendo, o PIB global aumentaria em 6,5 trilhões de dólares por ano.
“A 4ª Conferência Internacional sobre o Financiamento para o Desenvolvimento, que será realizada este ano, é a oportunidade da década para alcançar compromissos de justiça fiscal que resultem em maior justiça educacional. Nós, de Fé e Alegria, estaremos acompanhando as negociações e clamando pelo bem comum e pela redistribuição equitativa”, comentou Pe. Daniel Villanueva, SJ, coordenador geral de Fé e Alegria Internacional.
Exigimos que as políticas públicas garantam de maneira efetiva a educação desde a primeira infância, começando progressivamente a partir do primeiro ano de ensino pré-escolar obrigatório e gratuito. Os avanços nas idades iniciais serão fundamentais para que a educação alcance seu potencial ao longo da vida, desenvolvendo capacidades que possibilitem uma vida digna e contribuam para a transformação das condições para criar sociedades mais inclusivas, justas e democráticas.
Para responder ao chamado da Unesco, de reimaginar a Educação, os governos devem permitir que os currículos oficiais sejam flexíveis e fomentem a inovação como princípios de transformação nos processos educacionais, adotando um novo paradigma de qualidade. Focando na pessoa como titular de direitos, as aprendizagens integrais e inclusivas devem ser enriquecidas a partir dos contextos com novos conteúdos, recursos, tecnologia, metodologias e estratégias à altura dos desafios atuais; a inovação deve estar ao alcance de todos os estudantes e professores, não podendo ser uma moeda de troca pela privatização dos sistemas educacionais.
Por fim, é imperativo reduzir o déficit de professores e garantir sua formação inicial e contínua, baseada em critérios de pertinência e qualidade, para não comprometer a educação, especialmente para populações em condições de maior vulnerabilidade e exclusão. É com professores bem remunerados e em condições adequadas de trabalho que será possível alcançar uma educação de qualidade. Como destaca o mais recente Relatório de Monitoramento Global da Educação, da Unesco, a liderança educacional de professores, formadores e demais profissionais da educação costuma ser o fator mais influente em um sistema educacional, especialmente no que diz respeito aos resultados de aprendizagem.
Pe. Alexandre Raimundo de Souza, SJ, diretor-presidente da Fundação Fé e Alegria do Brasil, reforça a importância de uma educação inclusiva e transformadora, que começa com o reconhecimento das necessidades de cada pessoa. “Em nossa atuação, tanto na educação formal quanto na não formal, garantimos que crianças, jovens e adultos tenham acesso a uma formação integral que respeite suas realidades. Por isso, fazemos um chamado aos líderes educacionais do Brasil, para que priorizem a ampliação do acesso, a permanência e a qualidade da educação pública. A transformação da educação depende de um olhar inovador e de políticas públicas que respeitem a diversidade de contextos e promovam a inclusão.”
Fé e Alegria reconhece a necessidade de abordar as lacunas persistentes e se compromete a continuar trabalhando incansavelmente para superar os obstáculos que impedem que muitos grupos tenham acesso ao direito de aprender.
Nesse contexto, a Federação Internacional de Fé e Alegria está realizando incidência política multinível e dialogando com organizações internacionais, redes, plataformas e aliadas para gerar vínculos em torno da recém-lançada Campanha pelo Direito à Aprendizagem. Somente com aprendizagens de qualidade, a educação se torna uma ferramenta libertadora e poderosa para a mudança social, permitindo que cada pessoa realize sua vocação de ser agente de transformação e construa pontes para um futuro melhor e mais equitativo.
Faça aqui o download do manifesto dos meninos, meninas e jovens de Fé e Alegria.
Obra de Promoção Social e Educação Popular da Companhia de Jesus que transforma vidas em 14 estados brasileiros.
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A Fundação Fé e Alegria é uma instituição de direito privado sem fins lucrativos, filantrópica, de natureza educativa, cultural, assistencial e beneficente, Certificada como Entidade Beneficente de Assistência Social - CEBAS, nas áreas de educação e assistência social. Na área de educação, desenvolve o Programa de Inclusão Educacional e Acadêmica – PIEA, oferecendo bolsas de estudo e benefícios complementares, para os níveis de educação básica, garantindo o acesso, permanência e a aprendizagem. Na área de assistência social desenvolve serviços, programas e projetos nas categorias de atendimento, assessoramento, defesa e garantia de direitos, de acordo com o Art. 3º da Lei Orgânica de Assistência Social. A Fundação Fé e Alegria atua em conformidade à legislação vigente por meio da Lei Complementar n. 187 de 16 de dezembro de 2021.
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