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Roda de conversa pelo Mês da Mulher traz relatos inspiradores

Com três convidadas especiais, o evento on-line conectou cerca de 200 pessoas de Fé e Alegria em todo o Brasil para falar sobre igualdade de gênero e os desafios das mulheres atualmente.

 

Na última sexta-feira (14), as equipes de Fé e Alegria em todo o país participaram de uma roda de conversa emocionante e inspiradora. Com o tema Territórios de Luta: Mulheres, Educação e Resistência, a atividade on-line reuniu mais de 200 pessoas, entre educadores, educandos e colaboradores em geral. Por meio de relatos de vida e reflexões sobre a prática educativa, as participantes discutiram a importância da educação, da igualdade de gênero e os desafios enfrentados pelas mulheres na sociedade atual.

 

Na abertura do evento, a coordenadora do centro de Fé e Alegria em Recife (PE), Catarina de Santana Silva, destacou a importância do mês de março como um período de reflexão e luta pelos direitos das mulheres. Ela enfatizou ainda que o tema deve ser tratado durante todo o ano, destacando diversas datas significativas que marcam a trajetória de conquistas e desafios enfrentados pelas mulheres ao longo da história.

 

Entre as datas mencionadas esteve o Dia das Patrícias de Fé e Alegria, celebrado pelo Movimento em todo o mundo, em 31 de maio. A data é uma homenagem a Patricia Reyes, mulher de origem simples, que, há 70 anos, ao lado de seu marido Abraham Reyes, doou parte de sua casa para o início das atividades de Fé e Alegria num bairro pobre de Caracas (Venezuela). Esse gesto fez de Patricia Reyes um símbolo da força e doação das mulheres de Fé e Alegria.

Depoimentos Inspiradores

Yanniret Cedeno

A roda de conversa foi conduzida por Catarina e as três convidadas especiais do evento: Yanniret Elena Sotillo Cedeno, educadora social da Casa Dom Luciano Mendes de Almeida, em São Paulo (SP), Emilly Carmo, estudante do quarto ano do Ensino Médio na Escola Família Agrícola de Jaboticaba (EFA), em Quixabeira (BA), e Helena Germana da Silva, psicóloga de Fé e Alegria Recife (PE). 

 

Migrante venezuelana, Yanniret partiu de seu relato pessoal para falar sobre os desafios da mulher na sociedade machista em que vivemos. Ela destacou também a importância da educação e do apoio de outras mulheres para sua autonomia e fortalecimento pessoal, e contou como isso se reflete na sua prática em Fé e Alegria. 

 

“Tento ser uma referência positiva e mostrar que, mesmo com as dificuldades que a gente tem por ser migrante, é possível conquistar espaços e construir uma nova vida. Eu sei que a luta é difícil, muitas vezes solitária, e que a sensação de não pertencimento pode ser muito pesada. Mas cada passo que você dá, por menor que pareça, é uma vitória.”

Emilly Carmo

Emilly falou sobre a importância da educação contextualizada e o papel das mulheres no campo. Ela enfatizou a necessidade de inspirar outras mulheres e ser protagonista de sua própria história, citando como exemplo familiares e educadores da EFA, que para ela são modelos dev resiliência e dedicação.

 

“Em todos os espaços que ocupo, eu decido ser uma mulher que inspira. Em tudo o que eu me proponho a fazer, eu tento dar o máximo de mim. Eu acho que essa também é uma forma de inspirar outras mulheres.” E completa: “Talvez nós, mulheres, não possamos salvar o mundo, mas podemos salvar a nossa própria história. E, quando a mulher salva a sua própria história, isso é muito forte e importante.”

Helena Germana

Outro exemplo de luta e resiliência é o de Helena, que teve sua vida marcada por desafios e superações, especialmente relacionados à maternidade na adolescência e à importância da educação e do acolhimento em sua vida.

 

“O acolhimento e a educação são primordiais no nosso fortalecimento e autonomia”, reforça a psicóloga, que utiliza sua experiência pessoal para inspirar e fortalecer outras mulheres, mostrando que é possível superar desafios e alcançar seus objetivos. “Que possamos ser donas das nossas próprias vidas. E isso não é exercer o poder sobre outras pessoas, mas sobre nossas vidas, enquanto protagonistas da nossa história.”

Desafios e estratégias

 

Com base nos relatos das convidadas, as participantes da Roda de Conversa discutiram diversos desafios enfrentados hoje pelas mulheres, como a violência de gênero, a desigualdade salarial e a falta de representatividade em cargos de liderança. Foram apresentadas estratégias para superar esses obstáculos, incluindo a criação de ambientes acolhedores, a promoção da educação e a sensibilização sobre os direitos das mulheres.

 

O evento foi encerrado com mensagens de esperança e encorajamento. As participantes destacaram a importância da união e do apoio mútuo entre as mulheres para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. A roda de diálogo reforçou o compromisso da Fundação Fé e Alegria em promover a igualdade de gênero e garantir os direitos das mulheres em todas as esferas da sociedade.

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